Segurança
Proteção Respiratória
d) se a concentração medida ou estimada do contaminante for considerada IPVS, continuar no item 5.2. Se não for IPVS, continuar no item (e);
e) calcular o Fator de Proteção Mínimo Requerido (FPMR), dividindo a concentração medida ou estimada do contaminante na condição mais crítica de exposição prevista pelo limite de exposição adequado ou valor de orientação, conforme e1, e2 ou e3. Se o FPMR for menor que 1, não é necessário o uso de respirador, exceto para aerossóis contendo asbesto ( ). Se o FPMR for maior que 1, continuar no item (g). Se mais de uma substância estiver presente, ir para o item (f).
e1) dividir a concentração média ponderada para o contaminante determinado pelo limite de exposição aplicável, ou seja, se o limite é para 8 horas, a concentração média ponderada deve ser para 8 horas; se o limite é para 10 horas, a concentração média ponderada deve ser para 10 horas.
e2) se o contaminante possuir valor teto, dividir a concentração máxima de exposição pelo valor teto.
e3) se o contaminante possuir limite de curta exposição, dividir a concentração média de 15 ou 30 minutos pelo limite de curta exposição definido para 15 ou 30 minutos, respectivamente.
Para informações adicionais sobre limites de exposição adequados ou valor de orientação, consultar o item 3.2 do Anexo 3.
f) se mais de uma substância estiver presente, avaliar os efeitos aditivos ou sinérgicos de exposição em vez de considerar o efeito isolado de cada substância. Para isso, calcular, inicialmente, o FPMR para cada substância, como indicado em (e). Se as substâncias não apresentarem efeitos tóxicos similares sobre o mesmo órgão ou sistema (fígado, rim, sistema nervoso central etc.), considerar, para a seleção do respirador, o maior FPMR calculado. Se as substâncias apresentarem efeitos tóxicos similares sobre o mesmo órgão ou sistema, devem ser considerados os efeitos aditivos. Isto é feito utilizando a fórmula:
(Cm/Tm) = (C1/T1) + (C2/T2) + …. + (Cn/Tn)
Onde: C1,2,…,n = concentração de cada substância
T1,2,…,n = seu respectivo limite de exposição
Cm e Tm = concentração e limite de exposição da mistura
Se o valor de (Cm/Tm) for menor que a unidade, não é necessário o uso de respirador. Se a soma dos quocientes (Ci/Ti) for maior que a unidade, tal valor é o FPMR para a mistura. Continuar em (g).
g) Com base no Quadro 1, selecionar um respirador ou tipo de respirador que possua FPA maior que o FPMR, considerando, para a escolha final, a adequação do respirador ao usuário, à tarefa (o tipo de trabalho a ser realizado, o nível de esforço físico, a duração e a frequência da tarefa, necessidades quanto à mobilidade, comunicação e visão etc.) e ao ambiente de trabalho. Se o contaminante for irritante aos olhos ou sua concentração no local de trabalho for tal que cause dano aos olhos, selecionar um respirador com peça facial inteira, capuz ou capacete. Se o respirador selecionado for do tipo purificador de ar, continuar no item (h);
Nota: Informações sobre o potencial irritante das substâncias podem ser obtidas na FISPQ ou em International Chemical Safety Cards, no site http:// www.cdc.gov/niosh/ipcs/
h) se o contaminante for um gás ou vapor, escolher o filtro químico apropriado. As seguintes condições devem ser satisfeitas simultaneamente: 1) a concentração do contaminante no ambiente deve ser menor que a sua concentração IPVS; 2) a concentração do contaminante no ambiente deve ser menor que a Máxima Concentração de Uso (MCU) do filtro, conforme Quadro 2; 3) o filtro químico deve ser compatível com a peça facial do respirador selecionado em (g); 4) para algumas substâncias ver também o item (i). Se também estiver presente contaminante do tipo particulado ou se o contaminante for somente do tipo particulado, continuar no item (j);
Nota: Quando estiverem presentes gases ou vapores e também contaminantes particulados, devem ser usados filtros combinados (filtro químico + filtro para partículas), observando os critérios de seleção dos itens (h) a (j).
i) se o contaminante for um gás ou vapor com fracas propriedades de alerta, ou de toxidez elevada, ou de difícil retenção pelo sorbente, é recomendado, de modo geral, o uso de respiradores de adução de ar (ver Quadros 1 e 2 do Anexo 3). Se estes não puderem ser usados por causa da inexistência de fonte de ar respirável, ou por causa da necessidade de mobilidade do trabalhador, o respirador purificador de ar poderá ser usado somente quando:
i1) o filtro químico possuir um indicador confiável de fim de vida útil que alerte o usuário antes de o contaminante começar a atravessar o filtro; ou
i2) existir um plano de troca de filtro que se baseie em informações ou dados, tais como a vida útil do filtro, a dessorção (a não ser que a substituição seja diária), a concentração esperada e o tempo de exposição, que assegure que os filtros sejam substituídos antes de atingirem a saturação.
j) se o contaminante for do tipo particulado, a seleção do filtro depende também da presença ou ausência de partículas oleosas no aerossol. Se o aerossol:
j1) for mecanicamente gerado (poeiras ou névoas), usar filtro classe P1(*)(**) ou peça semifacial filtrante para partículas PFF1(*)(**) se o FPMR for menor que 5;
* Se o aerossol contiver asbesto abaixo do limite de exposição, deverá ser utilizado, no mínimo, peça semifacial com filtro P2 (ou PFF2). Se a concentração de asbesto for igual ou maior que o limite de exposição, deverá ser selecionado filtro classe P3. Se o aerossol contiver sílica cristalina, deverá ser selecionado, no mínimo, filtro classe P2 (ou PFF2, se FPMR for menor que 10). Para substâncias com limite de exposição menor ou igual a 0,05 mg/m3, usar filtro classe P3 (ou PFF3 se FPMR for menor que 10).
** Se o aerossol for oleoso (proveniente de lubrificantes, fluídos de corte, glicerina, veículos com motor de combustão interna, ar comprimido de compressores lubrificados a óleo etc.), deverá ser selecionado filtro resistente a óleo (ver Anexo 7, item 2.1.2.1). A presença do óleo no ar pode ser determinada pelo método NIOSH 5026 (oil mist, mineral).
j2) for mecanicamente gerado (poeiras e névoas) ou termicamente gerado (fumos), usar filtro classe P2(*)(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas PFF2(*)(**) se o FPMR for menor que 10);
j3) for névoa à base de tinta, esmalte ou verniz contendo solvente orgânico, usar filtro combinado: filtro químico contra vapores orgânicos e filtro para partículas classe P2(*)(**). Pode-se utilizar filtro da classe P1(*) (**) quando o FPMR for menor que 5;
j4) for névoa contendo agrotóxico em veículo orgânico, usar filtro combinado: filtro químico contra vapores orgânicos e filtro para partículas classe P2(*)(**); se o contaminante for um agrotóxico em veículo água, usar filtro para partículas classe P2(*)(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas PFF2(*)(**), se o FPMR for menor que 10);
j5) contiver radionuclídeos, usar filtro classe P3(**) (ou peça semifacial filtrante para partículas PFF3(**) se o FPMR for menor que 10).